Estávamos procurando um lugar na serra para relaxar e vimos que o distrito de Monte Verde – cidade de Camanducaia – no sul de Minas Gerais era uma excelente opção – isso em junho pro nosso aniversário de namoro mas a cidade ainda estava fechada então esperamos. A cidade tem opções incríveis de pousadas e chalés para quase todos os bolsos já que nessa época de inverno, um lugar legal com café da manhã para o casal não sai por menos de R$180 a diária. Nós ficamos 3 dias e 2 noites por lá e optamos por um chalé mais próximo da cidade para a primeira noite Casa Moreiras Chalé – super recomendo – e outro 18km do centro (40 min de estrada de terra) MD Luar da Montanha – perfeito para quem quer se desconectar do mundo, respirar ar puro e curtir um momento a dois.
DIA 1:
Saímos de Jacareí e 2h30 depois estávamos em Monte Verde. Fomos direto para o hotel, fizemos check in e fomos conhecer o centro – que se resume na Avenida Monte Verde e algumas ruas que a cruzam. Deixamos o carro ao lado da Fábrica de Chocolates Gressoney e lógico que aproveitamos para comprar uns chocolatinhos – achei bem gostoso e para quem gosta de alfajor e pão de mel eles tem um doce chamado Prímula que para mim é a mistura dos dois.


Fizemos a trilhazinha que é bem tranquila e leva uns 15 minutinhos para o Pinheiro Velho – uma araucária de mais de 500 anos. De lá dá para seguir para o antigo aeroporto também mas deixamos pra outra hora. A avenida principal é cheia de restaurantes, shoppingzinhos e lojinhas e o meu favorito foi o Shopping Celeiro. Achei a arquitetura e decoração muito fofa e lá no fundo tem um lugar aonde os esquilinhos vão comer além de uma área de alimentação para nós, parquinho para as crianças e mini golf. Foi numa dessas lojinhas que comprei um doce de leite maravilhoso.

A fome bateu e escolhemos almoçar no Dona Mucama – um restaurante maravilhoso, todo aberto, na avenida principal mesmo, amei e recomendo. Pedimos uma porção de filet mignon com catupiry (R$80) que foi dos deuses – e uma caipirinha com cachaça local lógico.


Depois continuamos passeando pelo centrinho. Passamos pela Vila Germânica – infelizmente praticamente sem lojas hoje por conta da pandemia – e acabamos no Marco Zero – um coreto fofo. Ah, os bancos da cidade – e o coreto – são todos pintados a mão com a Arte Bauer – uma arte criada na Alemanha que visa dar vida a móveis antigos com pinturas delicadas geralmente de flores. Essa arte hoje é Patrimônio Cultural do Município de Camanducaia. Eu achei muito lindo! Depois tentamos subir até perto da onde começam as trilhas para as pedras porém muitas partes precisa de 4×4 e desencanamos.



Voltamos para o chalé para descansar e a noite fomos comer um fondue – clássico né?! De dia estava quente até mas a noite caiu bem a temperatura para 5 graus – uma delícia, afinal estávamos na montanha para isso. Jantamos no Rancho da Picanha e o rodízio de fondue (R$50 por pessoa) estava gostoso mas acredito que tenham outros melhores na cidade, acabamos escolhendo o que estava mais em conta porque não estávamos com muita fome rs. Depois do jantar demos uma volta e fechamos um passeio de Jeep com a @trip4x4monteverde (R$200 casal) pois queríamos muito fazer alguma trilha e conhecer outras partes da cidade. Por conta da pandemia as trilhas tradicionais estão fechadas e somente a da Pedra Redonda está aberta para visitação com guia.




DIA 2:
Acordamos e o café da manhã foi no quarto com direito a pão de queijo quentinho – que maravilha!

Depois fomos no centro comprar uns queijos para levar para fazer a noite. Achei interessante que as lojas fazem degustação então experimentamos várias coisas mas acabamos levando dessa loja aí da foto porque o vendedor – o de chapéu – era muito simpático – e lógico os queijos maravilhosos.

Pegamos o passeio de Jeep as 2h30 da tarde e primeira parada foi numa mansão enorme – e linda – aonde foi filmado o filme Gato de Botas. De lá seguimos para uma fábrica de chocolates – Chocolateria Monte Verde – que por acaso era na rua do nosso chalé e achei bem okay o chocolate (preferi mil vezes o da Gressoney). Depois passamos numa cachaçaria – Destilaria Monte Verde – e tinha degustação de cachaça a vontade. As direto do barril eram fortes demais, amei as de sabor e acabamos levando a de Banana – e uma cocada rs.



De lá subimos até o antigo aeroporto que hoje é só uma pista de terra e nada mais – foi desativado há cerca de 3 anos – e tem uns grafites bonitinhos. Continuamos o passeio e passamos por um hotel que parece um castelinho e outro que é dentro de uma torre de comando e avião – esse segundo amei mas parece que custa uns R$1000 a diária rs.



Passamos numa loja de queijos (honestamente não gosto de tour por ficar levando a gente em lojas) e tinham vários lugares prontos para fotografar (que também não gosto rs) mas como o passeio incluía as fotos do guia tiramos uma para não ficar chato. E então veio a melhor parte da viagem: a Pedra Redonda!

Fizemos a trilha por cerca de meia hora até a Pedra Redonda e foi lindo demais. De um lado se vê Monte Verde e do outro o Vale do Paraíba – que estava encoberto e deu um ar todo místico, achei ainda mais lindo. A trilha é considerada nível fácil e em outros lugares vi intermediário por ter algumas subidas – mas nada íngrime. Levando uma água, indo com calçado adequado e fazendo a trilha no seu tempo é tranquilo. Quando chegamos no topo, tiramos umas fotos e ficamos curtindo aquele visual do lugar praticamente vazio. Que paz, que energia! Na descida, curtimos um pôr do sol.








Sobre o passeio em si, vale mais ou menos a pena pois se você tem um 4×4 ou um carro mais potente dá para fazer tudo por conta – no momento só a trilha que não. E como falei, eu geralmente não faço tours porque não gosto de nada em grupo, com muita gente, parar só para tirar foto mas no momento era a única opção para não ficar só rodando no centro de Monte Verde então valeu sim a pena nessa circunstância.
Chegamos com fome e queríamos algo rápido e prático pois iríamos para a outra pousada que ficava 18km da onde estávamos. Acabamos comendo uma pizza na Nápoles (meio sem sabor e cara R$55 pela qualidade – ou falta dela) – não recomendo. Seguimos então e foi tranquilo o trajeto, bem sinalizado e em 40 minutos estávamos no paraíso. A pousada MD Luar da Montanha é sensacional!
Acendemos a lareira, tomamos um vinho com os queijos que compramos e aproveitamos o nosso merecido descanso.

DIA 3:
Quando acordamos e abrimos as cortinas, foi inacreditável a vista para a floresta e pro riozinho – que lugar! Recomendo para todos que querem descansar e precisam de um momento para respirar, curtir a natureza e recarregar as baterias. A banheira também tinha uma vista linda – cada cantinho foi pensado perfeitamente.


Fomos tomar café da manhã e depois fizemos a trilhazinha para a cachoeira – na pousada mesmo. Que delícia! Gratidão por esse momento!
Fizemos o check out e seguimos até Gonçalves – MG pela estrada de terra por 1h30, só paisagem linda no caminho. Em Gonçalves, demos uma volta no centrinho, fomos no Bar do Marcelo ver umas cachaças e seguimos viagem. A cidade está fechada mas vi que tem cachoeiras maravilhosas para explorar.


Na saída (ou entrada depende da onde você vem) da cidade achamos um dos melhores restaurantes da vida: Cabana Empório e Restaurante. Pedimos uma “Porção completa para 2 pessoas” que veio salada, arroz, tutu de feijão, mandioca, quibe, batata doce, farofa, legumes, banana frita, torresmo e podia escolher carne, frango ou peixe e pedimos uma tilápia a milanesa. Tudo, absolutamente tudo, cada item estava perfeito – sequinho e cheio de sabor e o melhor de tudo, apenas R$35 para nós dois. Maravilhoso, fomos até na cozinha agradecer o pessoal por uma comida tão boa!!! Ah, e tem vista pra cidade também.


De barriga cheia e mais felizes, fizemos uma breve parada em São Bento do Sapucaí – SP para ver a Igreja Matriz, a igrejinha de mosaico e ir no Mirante do Cruzeiro – que estava fechado. Quando tudo isso passar a gente volta com calma.



Simplesmente foi perfeito cada minuto dessa viagem e super recomendo! A viagem em si não é das mais baratas mas pode ficar se você comer em restaurantes mais em conta ou cozinhar no seu chalé por exemplo e conseguir fazer o passeio por conta 🙂