Eu já havia ido uma vez para a Tasmania para comemorar meu aniversário mas dessa vez como estávamos com a visita da minha sogra, decidi dar de presente pro meu namorado comemorar o dele e passearmos com ela.

Comprei a passagem pela Jetstar meses antes saindo de Sydney para Launceston (mais barato do que Hobart) por $140 cada ida e volta e alugamos o carro da Budget por $250 para 4 dias porém como alugamos com cartão de débito tivemos que deixar $400 de depósito – que recebemos de volta uma semana depois.
DIA 1:
Chegamos sábado de manhã e primeira parada foi no Coles para comprar coisas para comer na estrada e para o café da manhã. Com o carro cheio de salgadinhos e chocolate rs seguimos até Binalong Bay aonde fica a Bay of Fires. Foram quase 3 horas de viagem até lá numa estrada cheia de ovelhas.


Como maio é outono, lá já estava bem frio e fomos bem agasalhados. Ficamos ali um pouco admirando as pedras laranjas – mas confesso que achei que elas eram mais laranjas ou fui eu que não achei a parte certa hehe. É incrível a cor do mar nessa Austrália viu?!
Uma coisa importante de mencionar é para baixarem o mapa da Tasmania offline no Google Maps pois lá o sinal é bem ruim na estrada e foi só assim que conseguimos nos basear. O carro até veio com GPS porém sempre acho confuso usar. Enfim, seguimos por mais 1h30 até Bicheno aonde ficamos no Wintersun Gardens Motel por $112 os três. Reservei o hotel na estrada mesmo, em uma hora que deu um sinal pois não sabia até aonde chegaríamos no primeiro dia, fomos super sem destino.

Chegamos no hotel no fim do dia e descansamos um pouco. Acordamos umas 6pm e eu já sabia que em Bicheno tinha pinguins mas não tinha conseguido ver da outra vez. O ideal é na hora do pôr do sol porém no outono o sol se põe por volta das 5pm mas mesmo assim decidimos arriscar afinal o local era só atravessar a rua.
Nos enchemos de casaco e fomos até as pedras na praia aonde eles ficam. Chegando lá conseguimos ouvir os barulhos deles nas pedras e na mata e ficamos animados porém não vimos nitidamente nenhum até decidirmos ir embora e dois deles atravessarem na nossa frente calmamente. Foi muito fofo, eles atravessaram um bom pedaço e depois quando subimos vimos mais um no gramado. A foto não ficou muito boa porque não pode colocar flash mas o momento está guardadinho na minha memória. De lá fomos comer uma pizza quentinha na Pasini Pizzeria ($51 total), bem gostosinho e depois cama.

DIA 2:
Acordamos cedo e tomamos nosso café da manhã no hotel com as coisas que levamos. Achei bem legal que não só esse mas todos que ficamos tinham torradeira e chaleira, além de talheres, pratos, copos…
Fomos até o Bicheno Blowhole que é um local com pedras e entre uma delas jorra um jato de água quando o mar está mais forte. De lá seguimos por mais uns 15 minutos até a entrada do famoso Freycinet National Park.

Seguimos até o mirante de Friendly Beaches e foi lindo demais ver aquele marzão que mesmo que com o tempo nublado nos impressionou. Uma praia super extensa e que tem várias trilhas para explorar também.

Continuamos parque a dentro até a Honeymoon Bay, uma praia super bonitinha, mar verde com área para churrasqueira.

No caminho vimos muitos bichinhos na Coles Bay como foca, várias kookaburras e uns passarinhos que não tinha visto ainda. Valeu a pena ter descido até lá.




Dirigimos por mais 3 horas até Port Arthur e no caminho tinham muitas vinícolas, secas nessa época mas que mesmo assim formam uma paisagem incrível.

Paramos em Eaglehawk Neck – já em Port Arthur – para apreciar a vista da região e fomos até o Tessellated Pavement – uma formação em frente ao mar que foi desenhada por causa da maré batendo e os ventos. Aproveitamos para conhecer o Tasman Arch e Devil´s Kitchen, duas formações rochosas maravilhosas também.




Reservei o Parsons Bay Retreat em Nubeena – 15minutos de Port Arthur – por $115 os três e quando a fome bateu fomos em um pub/restaurante super estiloso chamado Fox and Hound comer uma parmegiana ($103 total).

Para quem não sabe, na Tasmânia, especialmente na parte sul, é possível ver a Aurora Australis (Aurora Boreal é no norte e a Australis no sul do hemisfério). Fiquei acompanhando os dois principais grupos no Facebook – Aurora Australis e Aurora Australia Alert e vi que tinha chances de ver a aurora. O tempo estava meio nublado mas mesmo assim seguimos para um ponto que tinha visibilidade. Geralmente é necessário uma câmera muito boa para captar a cor pois nossos olhos a noite se ajustam para enxergar em preto e branco e assim perdemos a aurora quando não está muito forte.
Não tenho certeza absoluta do que o que vimos a olho nu era a Aurora Australis mas se não era, não sei o que era aquelas luzes verdes claras no cel. Ficamos ali curtindo o momento e fomos ver bichinhos pois é sempre a noite que eles saem para comer.
Vimos Wombat, Wallaby e Possum assim solto na natureza, foi bem legal vê-los nos seus habitats. Aqui na estrada se vê muitos – muitos mesmo – mortos infelizmente pois eles costumam ficar na beira da estrada e muitas vezes atravessam – bem devagar inclusive – fazendo com que muita gente acabe atropelando eles 😦
DIA 3:
Acordamos e fomos ver a Remarkable Cave ali em Port Arthur mesmo e foi incrível. Não sabia da existência desse lugar. A vista é maravilhosa e tem uma escada que leva até a Cave mesmo.


Dali fomos até Port Arthur porém decidimos não entrar já que era caro e é um passeio que recomendam no mínimo 1 dia para fazer. Seguimos por 1h30 até Richmond. Por favor, vão para lá!
Eu achei tão encantadora e charmosa essa cidadezinha, a começar pela ponte. Tudo lá é muito lindinho, a igreja, o rio, as ruazinhas, as casinhas. E com o charme do outono estava ainda mais bonito. Valeu a passagem com certeza!


Meia horinha mais e estávamos no nosso destino final do dia: Hobart – capital e maior cidade do estado da Tasmânia. Para quem estiver com muita fome, lá tem uma parmegiana imensa – inclusive de Wallaby e com diversas opções de molhos – com muita batata frita no The Brunswick Hotel ($91 total).

Almoçamos por lá e subimos de carro o Mount Wellington que fica a 1270 metros de altura. Estava um vento absurdo de 75km/h, nunca vi nada igual. Era muito difícil até para andar. Ficamos um pouco ali e fomos até o mirante por 10 segundos e voltamos para o carro, dava medo. Todos os postes lá mexiam, placas, carros e a previsão é de que iria chegar a 100km/h então preferimos descer para não correr o risco.


Para fechar o dia com chave de ouro, seguimos para o Botanic Gardens da cidade e foi a melhor pedida. O parque é gratuito e tem uns lugares lindos principalmente o Jardim Japonês que foi de longe meu favorito. Ficamos até o fim do dia e seguimos para o Martin Cash Motel – $96 para os três. O dia foi longo e como almoçamos tarde, a noite ficamos só descansando no hotel e comemos um sanduíche e umas besteirinhas no hotel.



DIA 4:
Eu tinha esquecido meu documento lá em Port Arthur, na recepção do hotel e acreditam que a mulher por coincidência estava indo para Hobart e me levou cedinho?! Fiquei impressionada com a atitude dela!
De café da manhã tomado – nesse hotel era incluso mas super simples ainda bem que tínhamos nosso pão, queijo, bolachinha – fomos em sentido a Launceston. A primeira para foi em Campbell Town, uma cidadezinha que tem a ponte bonitinha também – mas preferi Richmond. Paramos também em Evandale para dar uma volta na cidadezinha super antiga.


De Hobart a Launceston são 2h30 porém levamos um pouco mais com as paradas. Chegando em Launceston fomos a Cataract Gorge Reserve, um desfiladeiro com uma água super clarinha. Demos uma volta ali e tomamos um brunch no Basin Café.

De lá fomos para o National Automobile Museum of Tasmania ($14 por pessoa), um museu de carros antigos. O museu é pequeno mas valeu para passar o tempo e é ótimo para os amantes de carro como meu namorado.

Deixamos o carro ali e fomos dar uma volta no centrinho, comprar umas lembrancinhas e conhecer a cidade. Já fim do dia, fomos para o Abel Tasman Motor Inn – $101 para os três – descansar um pouco antes de sair para jantar. Jantamos num restaurante italiano bem gostoso no Franco´s Italian Restaurant ($97 total).

No dia seguinte, acordamos cedo e fomos para o aeroporto pois nosso vôo de volta saia as 9.40am de Launceston. A viagem tem 1h30 de duração e é bem tranquila. Incluindo a locação do carro, as compras do supermercado, gasolina, jantares, passagem, acomodação, enfim, tudo, deu cerca de $600 por pessoa para 4 dias. Tem opções mais baratas caso fiquem em hostel.
Duas ilhas que li e recomendo irem quem for com mais tempo ou quiser passar mais tempo na estrada: Maria e Bruny Island. A primeira vai de balsa porém não tem carro, tudo é feito a pé ou de bicicleta e tem também que levar a própria comida. A segunda dá para cruzar com o carro e explorar a ilha em algumas horas – ou um dia para fazer com mais calma.