Uma das melhores experiências que tive foi visitar o deserto australiano, mais especificamente a região do Uluru. Uma amigona minha – a Marília – comentou que tinha fechado uma viagem para lá e eu me convidei para ir junto, afinal nunca nego uma boa oportunidade – e excelente desculpa – para viajar.
A gente fechou com a Marina (pessoa incrível) na Backpackers World Travel mas quem operou a viagem foi a Mulgas Adventures Tour – outra empresa incrível que super recomendo. Foi $320 da passagem de Sydney a Ayers Rock mais $355 do Rock2Rock Tour em si que incluía todas as refeições, transporte, entradas e aluguel da sleeping bag afinal iríamos dormir no deserto mesmo. Além disso, gastei só mesmo a bebida alcóolica, ou seja, em torno de $800 por pessoa com tudo.
Dia 1:
Saímos sábado de manhã de Sydney e 4 horas de vôo depois chegamos no nosso destino. Chegando no aeroporto de Ayers Rock o transfer da Mulgas foi nos buscar. Já no primeiro dia fomos ver o Uluru e para minha surpresa é muito maior do que eu imaginava.
Andamos ao redor dele por uma pequena parte e de lá seguimos para um ponto mais longe para ver o sol se por enquanto tomávamos uma taça de champagne. Além do pôr do sol conseguimos ver a lua cheia nascendo ao lado do Uluru, foi lindo demais.



Tentamos fazer uma pirâmide humana com todo mundo, que durou alguns segundos hahaha. Divertido, o nosso guia era incrível!

De lá seguimos para o lugar que íamos dormir, era como um alojamento mas com as nossas swags (sacos de dormir bem quentinhos) na parte de fora mesmo. A primeira noite passei até calor. No jantar fizemos hambúrguer de carne de camelo, pasmem! Eu já estava na metade do lanche quando me perguntaram se eu havia gostado. Não sei se era a fome ou os acompanhamentos, mas não senti muita diferença.

Dia 2:
No dia seguinte, levantamos antes do sol para vê-lo nascer atrás do Uluru. Enquanto curtíamos o momento – e não muito as várias moscas – caiu uma chuvinha de leve e saiu um arco íris. Só espetáculo!


De lá levamos cerca de quarenta minutos de van até a Kata Tjuta, um grupo de formações rochosas, totalmente diferente do Uluru e fizemos a caminhada de umas 3 horas pelo Valley of the Winds e como o nome diz, venta para caramba. Achei bem interessante e bonita.


Depois do almoço, pegamos a van por cerca de 4 horas até a Kings Creek Station. Na estrada paramos para comprar bebida – super cara lógico – e também pegamos lenha no meio do mato para fazer fogueira pros próximos dias, foi um tanto quanto divertido. A noite ajudamos o Chris – nosso guia a preparar o jantar e o menu foi carne de canguru e batatas. Confesso que foi difícil no começo, rolou até uma lágrima pois gosto muito dos cangurus, mas comi e confesso que o sabor não era ruim. Mais uma experiência de vida.


Dia 3:
O sol saiu e nós acordamos junto com ele, segunda noite dormi melhor e fez bastante frio. É bem doido como o clima é diferente no deserto, principalmente a noite. O alojamento ficava meia hora do Kings Canyon, um dos lugares mais bonitos da viagem sem dúvidas. Caminhamos ao redor e também fizemos uma trilha, a vista de todo o percurso era incrível.

Voltamos para o nosso alojamento aonde quem quisesse tinha a opção de andar a camelo, helicóptero ou alugar quadriciclo, aproveitei para descansar e tomar um banho com calma.


No fim do dia seguimos por mais 2 horas e meia para Curtain Springs Station aonde acampamos no meio do mato mesmo. Deu um pouco de medo de cobras, aranhas e do Dingo – um cachorro selvagem do mato. Fizemos fogueira e realizei um sonho bobo – assar marshmallows no fogo. Parecia uma criança – aliás, parecíamos.




Dia 4:
Acordamos cedo, vimos o sol nascer no meio do mato e fomos para o aeroporto. Chegamos na terça a tarde em Sydney cheios de história para contar. Todo mundo deveria fazer essa trip, valeu muito a pena!
